Ipsis Litteris

Revisão de textos



sábado, 27 de março de 2010

Apontamentos de gramática mineira

Sem dúvida, Minas Gerais tem uma cultura bem peculiar. Amo a cozinha mineira (não mais que a italiana, por motivos óbvios): costelinha de porco beeeeem gordurosa, polenta, quiabinho babento, jiló. Sim, jiló! Aprendi a comer jiló em Uberlândia, quando da decisão de superar alguns “limites gastronômicos”. Prefiro-o como prato frio, mas é bom de qualquer jeito.

Agora, é o jeitinho mineiro de falar que me diverte e espanta, às vezes. Em Uberlândia mesmo, não ouço muito o “mineirês” característico gostoso e engraçado, do tipo “oncotô”, “proncovô” e “doncovim”, naquela prosódia própria.

Entretanto, são recorrentes algumas expressões que muito me impressionam. Uma sobre que gostaria de falar é o tal “ir de a pé”. De a pé? Como assim?! Vai-se de carro, de ônibus, de avião, mas a pé, a cavalo. Talvez, para o mineiro uberlandense, o meio de locomoção seja o [carro], o [ônibus], o [avião], o [a pé], daí ir-se de carro ou de a pé. Contramão na via da economia linguística. Curiosamente, nunca ouvi um “Vou ‘de a cavalo’”.

Mas o que mais me choca é o uso deliberado do verbo dar em lugar de ter, em sentenças como “dei febre” e “dei sorte”. Excesso de generosidade? Se conheço quem me diz uma dessas pérolas, complemento com aquelas perguntinhas básicas didaticamente usadas para se encontrar o objeto do verbo: “E pra quem você deu a febre (ou a sorte)?”.  O riso, nessa hora, parece inevitável. Sorte eu até aceito, mas febre, dor de cabeça, não, obrigado. Absolutamente! Com estas fique você.

domingo, 14 de março de 2010

Software do car@#$¨$%!


Na quinta-feira passada, estava eu tentando baixar não sei o quê, quando tive a “grande” ideia de usar um tal Nitro PC para otimizar o desempenho do meu querido e companheiro Note. Eis uma das grandes burradas que já fiz até então.

Abri o tal do Nitro PC, cliquei na opção “Otimizar”, segui as devidas instruções e reiniciei a maquina, conforme orientação do software. Inicialização do POST ok, inicialização do Windows quase ok. Surgiu um Blue Screen Error. Quase enfartei. Tenho verdadeiro pavor dessa tela azul (depois vou lá no Orkut ver se já existe comunidade dos odiadores dessa telinha do capeta; se não houver, criá-la-ei!).

Mexe de cá, fuça ali e nada. A dita cuja encarnou no Note. Assistência técnica autorizada somente de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. E um monte de trabalho parado e urgente dependendo à espera da minha máquina e dos meus dicionários.

Mas o sangue brasileiro que ainda corre em minhas veias não me deixou desistir e, valendo tudo ou nada, apostei na última ferramenta que o “Setup” fornecia: “Dell DataSafe Local Backup” (DDSLB).

Santa Ferramenta! Restaurou todas as configurações para aquelas de quando eu iniciei o notebook pela primeira vez, mas TODOS os meus arquivos estavam lá. Na verade, a maioria, porque só me restaram os que estavam na partição que criei. Arquivos e softwares adicionados ao C: se perderam. Dos males, o menor… Mas me saí muito bem, afinal, sou completamente leigo em recuperação de computadores.

Cerca de uma hora depois do início da execução do DDSLB, eu já podia ver a área de trabalho. Agora é adaptá-la novamente às minhas necessidades e devolver os softwares de que preciso para o desempenho de minhas funções e fruições.

Placar final: Dell 1 x 0 Nitro PC. Tinha já bastante satisfação pela marca do Note; agora, então, serei um solene divulgador e usuário apaixonado pelo meu vermelhinho.



PS: Nitro PC nunca mais!