Ipsis Litteris

Revisão de textos



sábado, 16 de janeiro de 2010

JUNGERSEN, Christian. A Exceção. Tradução de Ryta Magalhães Vinagre. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2008. 560 p.
Ganhei o livro em fevereiro de 2008. Por um bom tempo, ele ficou esquecido na estante, sua leitura atropelada pela correria rotineira. E, finalmente, resolvi me envolver com sua leitura, que, inicialmente, me pareceu maçante e, hoje, depois de dois meses de leitura, terminei um dos melhores thrillers que já li.
Ambientado em Copenhague, Dinamarca, a históra mostra o dia a dia de profissionais que se divertem humilhando sua nova colega de trabalho, e as consequências desse terrorismo psicológico podem ser as mais infestas. O título do livro não poderia ser mais esclarecedor.
Mas o mais interessante no livro são os artigos da jornalista Iben Højgaard. Ao lado de referências reais a pesquisas e livros sobre assassinatos em massa, como The Nazi Doctors (Robert Jay Lifton), o autor teve o cuidado de mostrar textos "publicados" no fictício Jornal do Genocídio. Além do mais, toda a discussão sobre transtorno dissociativo de identidade, confesso, deixaram-me com uma pulga atrás da orelha. Qualquer um pode ser assassino. É "paranoicizante".

domingo, 3 de janeiro de 2010

Longa Madrugada


Madrugada longa e divertida. Assistimos a filmes até as 6h e ainda restava pique para mais um. Vimos Eating Out, Eating Out: Sloppy Seconds e Get Real. Os dois primeiros, sequenciais (o terceiro já está descendo), têm enredo fácil altamente erótico, mas valem pelas situações cômicas e embaraçosas a que os personagens se submetem em busca de sexo casual.

O último pretende-se provocativo e aborda a descoberta da homossexualidade entre adolescentes e o medo da descoberta, principalmente. Nada muito diferente de outros filmes do gênero.

Gosto desses filmes, principalmente, pelo processo catártico que desencadeiam. Na verdade, ferem como a famosa faca de dois gumes: ao mesmo tempo que renovam meus anseios de encontrar um amor veradeiro e único, jogam na minha cara o quanto ainda estou sozinho.

Na tela, vivo cenas, emoções e situações que desejo profundamente, pois jamais as vivi de fato. Sinto que perdi muito tempo, e agora já não dá mais tempo, a juventude está ficando para trás. Se tivesse feito só algumas coisas de um modo diferente, hoje tudo seria diferente. Teria ganhado mais em uns aspectos, perdido em outros que me acompanham. Compensações. Impossível ter tudo.